Após a pandemia, as rotinas e os produtos de beleza serão reformulados com um foco maior na saúde, na ciência, na sustentabilidade e na justiça social. O modo como nos sentimos terá impacto direto em nossos hábitos de consumo. As empresas terão que investir em mudanças estratégicas e sistêmicas, diversificando suas linhas de produto e se lançando em novos mercados.
A WGSN destacou cinco áreas que vão impulsionar o desenvolvimento de produtos para as empresas de beleza nos próximos anos:
Impulsione o progresso: a transparência é inegociável e trouxe como urgência a necessidade de mudanças inclusivas, éticas e sustentáveis, promovendo a demanda por produtos proativos e práticas de negócios que melhoram o mundo. Os produtos precisam ajudar a curar o planeta e serão criados por processos que impulsionam a biodiversidade e não deixam nenhuma pegada negativa. A marca que não tiver uma participação positiva não vai ter participação nenhuma, já que os consumidores de beleza querem investir em produtos que atendem às suas necessidades e a necessidade dos outros. Se posicionar sem pensar somente no lucro vai fazer as marcas liderarem as tão necessárias mudanças radicais. Agora é o momento das transformações progressivas. As marcas devem se posicionar para ajudar a humanidade e essas serão as novas líderes, definindo um padrão para a responsabilidade da indústria em relação ao seu impacto no mundo.
Abrace a simplicidade: os produtos duradouros, reutilizáveis e circulares vão ganhar importância conforme os consumidores buscam economizar custos e reduzir o desperdício, eles irão reavaliar suas prioridades e necessidades e a simplicidade será adotada como uma qualidade de vida. As marcas devem pensar em estratégias para agradar essa mentalidade e será necessário desenvolver produtos que possam ser feitos e usados de maneira eficiente possibilitando a auto-suficiência, se alinhando aos valores básicos e interesses dos consumidores. Os produtos com resultados comprovados serão a nova medida do valor do dinheiro, independente do preço na etiqueta. Já os produtos que permitem o consumo responsável terão alta demanda.
Domínio do bem-estar: com o bem-estar agora sendo o foco das prioridades do consumidor, as marcas devem explorar soluções high-tech e simples que reagem ao humor e melhoram o bem-estar. Com as ferramentas tecnológicas de rastreamento monitorando o humor além do condicionamento e da atividade física, as pessoas vão procurar produtos, atividades e ambientes que as ajudem a regular melhor e controlar o seu humor para o seu próprio bem. As marcas de beleza vão precisar se comportar como as marcas de saúde e bem-estar, desenvolvendo produtos e tratamentos que reforcem o bem-estar mental e físico e se unir em torno da ideia que beleza e saúde andam de mãos dadas. O estresse é uma das maiores causas do envelhecimento e dos problemas de pele e a chamada “beleza feliz” vai fazer com que produtos híbridos apareçam para combater o estresse e melhorar o humor.
Aceitação tecnológica: o design digitalizado vai se tornar algo normal, abrindo novos canais de varejo e aumentando a importância da customização e do design flexível. Isso vai resultar em uma nova vontade de abraçar alternativas eficientes aos ingredientes, materiais e soluções de produtos que precisam de bastante recurso. O relacionamento positivo que os consumidores de beleza criaram com a tecnologia durante a pandemia vai continuar existindo nos próximos anos e anuncia uma nova era de inovações inspiradoras e fatos marcantes para a beleza. Os ingredientes cultivados em laboratório vão finalmente ser adotados como alternativas seguras e de eficiência de recurso. Seguindo a aceitação tecnológica dos consumidores em relação aos aparelhos caseiros, novos instrumentos e dispositivos de beleza vão focar na potência, eficácia e sustentabilidade. O produto fresco, feito na hora, será cada vez mais associado à segurança e à higiene que mistura aplicações de dose única sob demanda. Os instrumentos faciais para serem usados em casa serão projetados para fazer os ingredientes entrarem na pele mais profundamente.
Comunidade intencional: novas redes sociais e movidas por valores vão se tornar mais influentes na decisão de compra dos consumidores e as marcas vão precisar implementar novas estratégias para chegar a essas comunidades mais digitais, sociais, locais e baseados em culturas ou valores comuns que resultam em um novo ecossistema de compradores e criadores que fazem parceria e se conectam para realizar trocas. Os produtos e serviços bem sucedidos vão precisar se alinhar propositalmente com os valores dessas redes ou evoluir a partir delas. Para fazer isso com sucesso, as empresas vão precisar incluir esses consumidores e coletivos como co-criadores do discurso da marca e colaboradores do design de produtos. Espera-se que as marcas criem sistemas conscientes na sua cadeia de valor, priorizando as partes interessadas mais do que os acionistas para criar um relacionamento simbiótico que beneficia a todos. A beleza transcultural será a norma, valorizando, homenageando e recompensando todos envolvidos nas suas criações. Presenciaremos uma mudança em direção a marcas que adotam o crowdsourcing e a co-criação, com a indústria trabalhando para a conservação coletiva em vez da preservação individual. As marcas e as cadeias de fornecedores vão valorizar as comunidades que as apoiam, trabalhando com artesãos individuais, designers, fazendeiros e comunidades artesanais para promover a beleza transcultural.
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