Tendências em diversidade e inclusão para cosméticos

Tendências em diversidade e inclusão para cosméticos
Os cosméticos inclusivos são aqueles que pensam em todas as pessoas e levam em consideração suas diversas capacidades e necessidades. Para entender a tendência de inclusão, é necessário entender a definição de insight. Esses são os aspectos ocultos da maneira como as pessoas pensam, sentem ou agem. São importantes porque geram oportunidades de estratégias de inovação, diferenciação e comunicação. Os insights são descobertos após uma investigação profunda dos aspectos e sentimentos inconscientes ou indizíveis do consumidor. Os insights doem e podem ser desconfortáveis, por isso precisam ser reveladas. A inovação em cosméticos é emocionante porque é uma aliada da beleza. Recentemente, li um insight publicado por uma grande empresa que me inspirou a escrever esta coluna e diz: “Mais da metade das pessoas pensam que a indústria da beleza pode fazer as pessoas se sentirem excluídas”. Há 20 anos trabalho na área de inovação de produtos cosméticos e posso afirmar, por todas as experiências magníficas que tive durante este tempo, que a beleza é definitivamente um direito universal. A beleza é multicultural. A beleza não faz distinção entre raças, idades, cores, regiões, países e gêneros. A beleza não tem prazo de validade. No grande universo da inclusão, vemos muitas oportunidades de inovação que empresas e marcas estão aproveitando para satisfazer esse insight e criar novos oceanos azuis no mercado. A seguir, veremos algumas das tendências mais interessantes. O futuro do skincare é neutro: Cores, nomes, designs de embalagens, texturas, fragrâncias … o novo posicionamento em skin care está escrito em neutro e vemos propostas não binárias muito interessantes que estão ganhando terreno. As marcas estão desenvolvendo conceitos mais fluidos com foco nos benefícios. Pacientes de quimioterapia: Em 2017, 17 milhões de pessoas no mundo viviam com câncer. Espera-se que esse número dobre até 2030. Os pacientes que recebem quimioterapia têm uma pele mais sensível, seca e propensa a infecções, com poucos produtos para a pele desenvolvidos especialmente para eles. Em 2019, foi lançada a primeira linha de cosméticos no mundo desenvolvida especificamente para pacientes em quimioterapia, em seu objetivo indicam “Não se trata de glamour ou vaidade. Trata-se de dar às pessoas a oportunidade de se sentirem elas mesmas novamente, não como um paciente com câncer.” Positive beauty: Recentemente, uma marca conhecida anunciou que removerá a palavra “normal” de todas as embalagens e anúncios. A nova beleza começa a ser igualitária e inclusiva. Carecas: Os homens carecas sabem que é muito importante manter os cuidados com a pele e também com o couro cabeludo. Este é um segmento em crescimento e geralmente mal atendido por marcas de cosméticos. Modelos mais velhos: A marca de maquiagem de Laura Geller anunciou em fevereiro que a partir de agora todas as suas modelos terão exclusivamente mais de 40 anos. cabelo afro Beleza Bipoc (black, indigenous and people of color): Essa sigla apareceu pela primeira vez no Twitter e se tornou popular em 2020 com a morte de George Floyd. Esta tendência é uma das mais marcantes deste ano e existem oportunidades muito boas para inovar neste segmento. Afronatural e a reivindicação do cabelo afro: Esse movimento ganhou força considerável nas redes sociais e se tornou um símbolo de liberdade e poder. Frida Kahlo 2021: Essa tendência vem ganhando popularidade entre as mulheres em diversos países e consiste em não depilar sobrancelhas e bigodes. Eldina Jaganjac, de Copenhague, tem sido um trendy topic, pois, devido à pandemia, ela decidiu não encerar mais essas áreas. Ela diz que sua aparência e confiança mudaram desde que ela decidiu deixar crescer pelos faciais. A vida não é uma só cor: ¿Você pode imaginar ver a vida apenas em preto e branco? As marcas de maquiagem estão inovando em tabelas de cores mais amplas e inclusivas. Beleza inclusiva: O mundo da beleza tem uma grande oportunidade de se adaptar às pessoas com deficiência. Estamos vendo novas marcas que se concentram em produtos cosméticos que podem ser usados ​​por pessoas com deficiência motora. Por exemplo, novos lançamentos de produtos cosméticos concebidos exclusivamente para pessoas que só podem usar uma das mãos. Beauty & Pride: Apoiar a população LGBTQ é uma grande oportunidade para as indústrias de cosméticos. Para se ter uma ideia do tamanho do mercado e de acordo com Capital LGBT, se globalmente essa comunidade fosse de um país, seria considerada a quarta economia do planeta. Este segmento deixou de ser um nicho de mercado e também é um grande gerador de tendências cosméticas, sempre na vanguarda e criando novos conceitos em cosméticos. Sem fronteiras: Há novas marcas que desenvolvem produtos específicos e oferecem workshops para pessoas com doenças como alopecia, vitiligo e qualquer pessoa com cicatrizes ou queimaduras graves. Fluid fragrances: A categoria de fragrâncias tem sido uma das pioneiras em inovação em conceitos de fluidos e vimos a evolução dos perfis olfativos unissex aos genderless. As oportunidades são construir uma narrativa mais diversa para capturar mais elementos relacionados à inclusão. Identidades disruptivas: Pessoas fora dos padrões convencionais de gênero saem do gueto, mostram-se ousadamente e ganham maior força política, social e cultural. Eles usam a extravagância como recurso para serem notados e reivindicar um lugar mais importante na sociedade. Aqui se destaca a cultura drag, que também é geradora de tendências em cosméticos. modelos idosos Envelhecer é maravilhoso: Modelos e influenciadores da cosmética com mais de 45 anos estão se tornando muito populares e começam a estrelar campanhas cosméticas para convidar ao autocuidado. Estilo sem gênero: No hair care também vemos novas propostas mais fluidas para tecnologias, conceitos, formulações e benefícios para styling. Novos segmentos: A inclusão é apresentada como um terreno gigante com múltiplas dimensões onde todas as pessoas podem se sentir identificadas. Com isso, a cosmética começará a fornecer soluções para segmentos que antes não eram atendidos, como pessoas com deficiência visual, com necessidades psicológicas (depressão, ansiedade, autoestima), pessoas com patologias diversas e outras limitações físicas não atendidas. Diversity, Equity and Inclusion (DE&I): Como será o mundo pós-Covid? As projeções indicam que os conceitos de diversidade, igualdade e inclusão serão fundamentais para a recuperação das categorias e do mercado devido aos efeitos da pandemia. DE&I é um termo que começa a ser tendência em nosso setor. Os cosméticos agora são universais e para todos. O futuro é neutro, sem gêneros, sem tamanhos, sem raças. Diversidade e inclusão são apresentadas como grandes impulsionadores e oportunidades de inovação na indústria cosmética.   Interessados em saber mais sobre inovações em matéria-prima para a indústria de cosméticos e cuidados pessoais? Participe da in-cosmetics Latin America, nos dias 27 e 28 de setembro de 2023 em São Paulo. Credencie-se gratuitamente aqui. Nos siga nas nossas redes sociais: Instagram Facebook LinkedIn Gostou deste artigo? Saiba mais ao se inscrever na nossa newsletter!
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John Jiménez é farmacêutico da Universidade Nacional da Colômbia com um master em desenvolvimento sustentável e estudos de especialização em marketing, ciência cosmética e neuromarketing. Possui 30 publicações em revistas científicas e um capítulo de livro em formulação cosmética. Recebeu os prêmios Maison G. de Navarre (IFSCC USA 2004), Henry Maso Award (IFSCC USA 2016) e melhores trabalhos científicos no Colamiqc Equador 2009, Colamiqc Brasil 2013 e Farmacosmética Colombia 2014. Também foi palestrante em várias conferências internacionais na Europa e na América Latina. Desde 2019, escreve uma coluna de tendências para In-Cosmetics Connect, desde 2013 uma coluna de tendências para Cosmetics & Toiletries Brasil e desde 2020 uma coluna sobre neuromarketing para a Eurocosmetics. Ele também é autor e co-autor de artigos e atuou no Scientific Advisory Board da Cosmetics & Toiletries magazine. Jiménez também atuou como presidente da Accytec Bogotá (2017-2019). Ele ingressou na Belcorp em 2005 e atualmente é Senior Researcher nas categorias de skin care, suncare and personal care. Antes de ingressar na Belcorp, trabalhou nos Laboratórios Esko, Whitehall AH Robins e Fresenius Medical Care na Colômbia.

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