Indicadores positivos mostram que os brasileiros estão se cuidando mais; atenção ao consumidor e ao ambiente digital são receitas para os próximos anos
Não é novidade ouvir que 2020 foi um ano atípico e cheio de desafios. Mesmo assim, o setor de cuidados pessoais apresentou um superávit de US$ 23,4 milhões na balança comercial do Brasil. O valor é o maior dos últimos dez anos, conforme informações do Ministério da Economia divulgadas pela Associação Brasileira de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC).
Um dos fatores que favoreceram as indústrias nacionais foi a retração na importação de produtos. No ano passado, o HPPC importou US$ 585,9 milhões, queda de 16,8% em relação a 2019. Dentre as causas, está o aumento do dólar. Por sua vez, o custo referente às exportações foi de US$ 609,3 milhões, aumento de 1,9% no mesmo período.
Somente para uma noção da importância, em 2020, o Brasil exportou para 174 países. Dentre os itens de cosméticos mais exportados estão os sabonetes (US$ 12,8 milhões), os produtos para cabelo (US$ 9,7 milhões) e os desodorantes (US$ 6,5 milhões). México, Chile, Argentina, Paraguai e Colômbia foram os principais compradores.
Os dados são bastante positivos para a indústria nacional, já que outros fatores podem contribuir para o crescimento das empresas brasileiras no setor como: atenção às mudanças de hábitos (os brasileiros estão se cuidando mais) e também as transformações nos modelos de negócio que envolvem o investimento em novas experiências para o público e no segmento e-commerce, o que tem facilitado o processo de compra.
Afinal, o que esperar do mercado?
Comportamento parece ser mesmo a palavra-chave. Como exemplo, no ano passado houve uma inversão no consumo dos produtos para pele na América Latina, em comparação com 2019. Segundo a agência Euromonitor, aqueles destinados aos cuidados com as mãos superaram as vendas dos itens relacionados ao tratamento de rosto e corpo. A causa pode ser analisada com uma tendência que ganhou força diante do uso frequente para higienização das mãos e, claro, redução de gastos pessoais.
A expectativa é que 2021, entretanto, seja diferente e os produtos da categoria skincare que apresentaram queda, por exemplo, retomem o patamar de vendas, superando os números de 2020. Mas, as mudanças não se referem apenas ao fator compra e venda. Hoje, atuar ao lado do consumidor faz toda a diferença. Um levantamento também da Euromonitor traz entre as tendências pós-2020 questões como flexibilidade, agilidade, transparência e tecnologia, todas de grande importância em termos de relacionamento.
Além disso, as empresas que investirem em proteção da saúde, nos interesses da sociedade e do planeta (sustentabilidade), desenvolvendo estratégias baseadas em valores e que contribuam com o bem-estar, deverão despertar o interesse e a simpatia das pessoas.
A hora e a vez do digital
O on-line está ganhando cada vez mais espaço e, com isso, transformando a atuação das indústrias. Mas o que as pessoas esperam em termos de operação? As respostas são várias: desde agilidade e continuidade da jornada de compra dos clientes em todos os canais, até investimento em modelos híbridos de experiência envolvendo os ambientes físico e digital. Devem sair na frente, também, as marcas que considerarem que o público está mais atento, priorizando produtos e serviços de valor agregado e opções de compras acessíveis, sem redução da qualidade.
As informações também são abordadas no vídeo Top 5 Digital Consumer Trends in 2021 (As 5 principais tendências de consumo digital) produzido pela Euromonitor, que cita a importância de atender as demandas diante das tecnologias que estão em expansão. Entre elas, o uso da Realidade Virtual, do 5G, a exploração do espaço dos livestreamings (onde o Brasil ficou atrás apenas da China no quesito engajamento em compras digitais, com 22% dos clientes conectados) e webinars.
Em resumo, os acontecimentos de 2020 reforçaram e aceleraram o e-commerce como recurso. As empresas que conseguiram adaptar suas operações para o on-line, com lojas virtuais e experiências seguras de relacionamento, estarão mais preparadas para os desafios do varejo. Ouvir o consumidor, ser flexível às mudanças e um engajamento genuíno com questões de sustentabilidade completam o pacote. Cenário positivo também para as indie brands, que exploraram oportunidades de maneira mais livre, inclusive para aumento das exportações.
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