Consumo de HPPC apresenta diferenças entre regiões brasileiras

O Brasil hoje já representa 11% do mercado de HPPC (Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) mundial. De todos os itens que compõem este universo, os produtos para cuidados capilares são os preferidos dos brasileiros (22%) e, ao longo dos anos, todas as subcategorias referentes aos cuidados com o cabelo têm mostrado crescimento médio constante.

Com esse consumo expansivo e uma população com características heterogêneas, surgem hábitos e preferências diversificadas entre as cinco regiões do país. Essa constatação provoca a necessidade das empresas avaliarem cada vez mais quem é realmente o consumidor brasileiro e, na verdade, as últimas pesquisas do setor revelam que existem vários tipos de públicos para o mercado de HPPC do país.

As características climáticas e diferenças socioeconômicas são alguns dos fatores que podem definir a dissonância entre as preferências dos consumidores brasileiros. Atualmente, também existe um tipo de público que não é tão expressivo quanto o que utiliza os produtos “massivos”, mas que já ganha notoriedade neste cenário. O consumidor dos itens considerados “premium” (sofisticados), já possui certo destaque no contexto mundial e têm aquecido a economia brasileira.

Porém, os itens consumidos pelo grande público são os mais representativos nas pesquisas. Para conhecer melhor esse consumidor, uma análise realizada por profissionais da ABIHPEC (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) com base nos dados da Mintel, empresa responsável por desenvolver pesquisas de mercado mundiais, aponta algumas das peculiaridades do consumo em diferentes regiões do país.

Segundo o estudo, 69% da população segue a mesma rotina de cuidados com os cabelos, ou seja, usam a mesma marca/tipo de produto porque sentem que esse método funciona. Porém, 45% dos consumidores de três capitais do Nordeste (Fortaleza, Salvador e Recife) e 36% do público de Curitiba e Porto Alegre acham que o cabelo fica com a aparência melhor após a troca regular de um tipo/marca de produto para cuidar dos fios.

Em relação ao consumo, 57% dos entrevistados das cidades nordestinas citadas e 51% dos consumidores das duas capitais da região Sul declaram que, ao fazerem suas compras nos supermercados, incluem produtos de cuidados capilares.

Sobre a finalidade dos itens de consumo, a análise mostra que aqueles com a função hidratante têm preferência de 53% dos entrevistados da região Centro-Oeste, de 42% do Norte, de 38% do Sudeste, de 27% do Nordeste e de 25% no Sul. Os produtos direcionados para “cabelos normais” são preferência de 36% dos consumidores do Centro-Oeste, de 31% do Nordeste, de 30% do Sudeste, de 28% no Sul e de 27% na região Norte.

Já os considerados anti-frizz são mais procurados na região Norte (20%), enquanto o consumo do Sudeste representa 16%, do Sul 11%, do Nordeste 11% e do Centro-Oeste também 11%.

Os cremes para volume são mais consumidos no Centro-Oeste e Nordeste (14% cada). Já no Sudeste, a preferência é de 13% da população, no Norte de 12% e no Sul de 9%. Em relação aos itens para cabelos oleosos, a procura é maior no Centro-Oeste (16%), em seguida vem o Sul (13%), Sudeste (11%), Norte (9%) e Nordeste (6%).

Já os produtos responsáveis pela intensificação de cachos são pouco utilizados em todas as regiões do país, o que revela uma preferência nacional pelos cabelos lisos. No Sudeste, o consumo deste tipo de produto é de 7%, no Nordeste, de 6%, na região Norte, de 6%; no Sul, de 3% e no Centro-Oeste, de 2%.

A disparidade também pode ser constatada ao compararmos o consumidor masculino e feminino de todas as regiões. Os homens dão preferência aos itens anticaspa (43%), logo depois vem aqueles destinados aos fios normais (32%) e hidratantes (26%). Já as mulheres procuram com maior intensidade os hidratantes (43%), os produtos para cabelos normais (28%) e os destinados à reparação (28%).

Ao analisar os hábitos da população como um todo, é possível verificar que 65% prefere fazer os tratamentos para cabelos na própria casa em vez de ir ao salão de beleza. Sobre o uso geral de alguns itens, 91% dos entrevistados usam o xampu, 75% não dispensam os condicionadores com enxágue, 39% usam os condicionadores sem enxágue, 33% utilizam produtos para tratamento e 30% são adeptos de modeladores e fixadores.

Podemos observar que quando se fala em cuidados com a beleza, a primeira preocupação do brasileiro é com os cabelos. E por suas dimensões e diferenças climáticas, o que não faltam são oportunidades de mercado para uma grande variedade de produtos.

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