O neuromarketing é entendido como a aplicação dos princípios da neurociência para obter informações sobre como uma pessoa toma decisões relacionadas ao consumo de um produto, com base na análise de emoção, atenção e memória. O objetivo é pesquisar e aprender sobre como os consumidores respondem e se sentem a diferentes produtos e estímulos capturando diferentes sinais do corpo. A seguir, veremos algumas tendências de neurociência e neuromarketing em cosméticos.
Neurocandies: Em fevereiro deste ano, vimos o lançamento de uma nova linha de neuro-gums e neuro-mints que prometem fornecer a quantidade certa do necessário para energizar, acalmar e focar a mente. Adequado para vegetarianos, sem açúcar, com cafeína de chá verde, L-teanina e vitaminas B6 e B12.
Neurobiotics: Novos artigos científicos sobre o efeito que prebióticos e probióticos têm na melhoria do humor e da função cognitiva. A indústria cosmética está começando a elucidar os mecanismos bióticos dos neurotransmissores nos processos bioquímicos da pele e seus efeitos nos processos de envelhecimento.
Neurosleep & Neurodreams: Novos lançamentos de bebidas, alimentos e nutricosméticos com comprovados benefícios científicos na melhoria dos processos do sono.
Neuroaging: A indústria cosmética e a ciência demonstraram que altos níveis de cortisol têm um efeito marcado e direto nos processos de envelhecimento da pele, acelerando os processos de formação de rugas e manchas. Por outro lado, pesquisas recentes publicadas na revista Aging Cell indicam que níveis muito baixos de cortisol e da proteína GLITZ podem desencadear respostas inflamatórias crônicas no corpo, contribuindo para o processo de envelhecimento. Ainda temos muito a explorar e aprender sobre o papel do cortisol nesse processo.
Neurorevolution – The sensory revolution: A inteligência artificial e a ciência de dados combinam-se com os avanços feitos na psicologia e na neurociência para transformar a maneira como percebemos a realidade. Estamos vendo novos materiais no mercado que aumentam os sentidos visuais e auditivos, enquanto a reprodução dos sentidos do tato e do olfato nos permite sentir os produtos remotamente. Em entretenimento e marketing, essa poderosa combinação de inteligência artificial, dispositivos de detecção e realidade virtual e aumentada permitirá que as marcas criem experiências multissensoriais além dos dispositivos baseados em tela, envolvendo todos os sentidos humanos e criando conexões emocionais profundas e duradouras com os consumidores. Será uma nova maneira de experimentar os cosméticos.
Neuromusic: Novas publicações mostrando o efeito da música e da Inteligência Artificial (IA) em alguns mecanismos bioquímicos que podem influenciar os processos de envelhecimento, como o cortisol. No futuro, os cosméticos começarão a usar a música com IA para aprimorar os tratamentos cosméticos.
Neuroesthetics: Novo conceito que está em tendência em 2020 relacionado ao estudo dos processos cerebrais que são acionados durante o processo de observação de um objeto (seja bonito ou não). Neuroestética é a “ciência da estética”. Um novo campo de pesquisa emergente na interseção da psicologia, neurociência e estudo da evolução humana. O objetivo principal é caracterizar os fundamentos neurobiológicos e a história evolutiva dos processos cognitivos e afetivos envolvidos em experiências estéticas e atividades artísticas e criativas. A indústria cosmética está desenvolvendo novas metodologias para avaliar a estética de novos materiais com efeito imediato, em maquiagem, cuidados pessoais e tratamento facial. Estamos diante de um novo mundo para avaliar o prazer estético que os cosméticos produzem.
Neurobrain: De acordo com um estudo da Universidade de Nova York, publicado em 2019, o cérebro poderia ter códigos universais inatos para identificar a beleza. Essa descoberta pode ajudar a entender como a beleza influencia o cérebro, produzindo prazer e bem-estar. No estudo, determinou-se que certos padrões são ativados nesse órgão ao observar imagens agradáveis. Uma melhor compreensão dessa rede de comportamento padrão (DMN) permitirá que a indústria de cosméticos aprenda e melhore a sensação individual de bem-estar. Também poderia levar a uma melhor compreensão dos diferentes tipos de prazeres interconectados na ordem das regiões superiores do cérebro, bem como a experiências humanas complexas. No futuro, a indústria cosmética usará essas descobertas para determinar a interação da beleza com outras categorias, como música, poesia e arte, por exemplo.
Neurobotics: Um post de março de 2020 na Frontiers in Robotics and AI apresenta a avaliação da diferença entre como pensamos que nos vemos e como vemos nosso próprio corpo da perspectiva de um estranho. As descobertas indicam que as pessoas avaliam seus corpos mais negativamente em comparação com quando o fazem da perspectiva de uma terceira pessoa. A inteligência artificial está nos ensinando que as pessoas não julgam com precisão sua aparência real. Os pesquisadores também observaram que o “corpo ideal” descrito pelos participantes frequentemente apresentava atributos físicos semelhantes entre si. Isso aponta para a predominância de uma “forma corporal ideal” dentro do ambiente cultural do estúdio.
Neurophene: Uma nova plataforma de detecção baseada em grafeno permite que a atividade cerebral seja medida em tempo real. É o resultado de uma pesquisa realizada no mercado do projeto da União Europeia “BrainCom”, publicado em março de 2020 e que pode ser a porta de entrada para uma melhor compreensão do cérebro.
Neuromemory: Este ano, a revista Science publicou um estudo do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech) e do Centro Médico Cedars-Sinai em Los Angeles, que identificaram neurônios responsáveis por tomar decisões baseadas na memória. “Um aspecto essencial da flexibilidade cognitiva é a nossa capacidade de buscar seletivamente informações na memória quando precisamos delas”. Sem dúvida, uma inovação que os departamentos de marketing das empresas de cosméticos usarão em novas metodologias para entender melhor as necessidades do consumidor.
Beauty and the brain: O objetivo tradicional dos cosméticos tem sido nos ajudar a nos ver melhor. A evolução da aplicação da neurociência nos cosméticos nos permite desenvolver tecnologia e métodos de avaliação de como os produtos nos fazem sentir melhor e nos trazem bem-estar.
E já que não é possível nos encontrarmos pessoalmente na in-cosmetics Global, Latin America e North America neste ano, junte-se à indústria de ingredientes para personal care no in-cosmetics Virtual, evento online chegando às suas telas de 6 a 8 de outubro de 2020. Participe de reuniões interativas com sua comunidade através desta nova oportunidade de networking, que reúne compradores e fornecedores de matérias-primas de toda a Europa e Américas!
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