Segundo a base de dados Data Analytics (MDA) do Datamonitor, todos os 10 mercados em amplo crescimento no setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (HPPC) no mundo, em termos de valor, são países em desenvolvimento. A expansão das classes médias, o aumento de dinheiro disponível, os desejos mais “aspiracionais”, o crescimento dos canais de varejo, a melhora da qualidade e design, bem como tecnologias avançadas, são alguns dos fatores-chave para o crescimento.
Países como Chile, Colômbia e México se destacam pelo crescimento econômico acima da média latino-americana, estimada em 3,1% anuais. Chile (5,5%), Colômbia (4,8%) e México (3,5%) incrementam suas economias na esteira do comércio com a Ásia e, principalmente, com a exportação de commodities para a China.
O Brasil lidera a lista de países da América Latina no setor de HPPC sendo o terceiro maior mercado mundial, só perdendo para EUA e Japão. No ranking da América Latina ele vem em 1º lugar com 55,1% de todo o mercado de HPPC da América Latina, em 2º lugar vem o México com 13,1%, em 5º lugar vem a Colômbia com 5,3% e em 6 º lugar o Chile com 3,7% do Mercado.
Nos últimos 17 anos alguns dos fatores que permitiram o crescimento continuo da indústria brasileira acima de dois dígitos foram: aumento da expectativa de vida, expansão da classe C, modernização das fábricas e ganhos de produtividade. Em função das novas consumidoras que estão emergindo economicamente, o foco dos novos produtos é, justamente, popularizar o luxo e disponibilizá-lo ao comprador que anseia, cada vez mais, por novidades.
Como tendência no Brasil também há uma grande oportunidade para cosméticos com múltiplas funções. Cada vez mais as pessoas querem usar um produto que realize diversos benefícios, trazendo facilidade de uso e redução de tempo na aplicação.
Já no Chile o incremento da participação da mulher no mercado de trabalho ajudou a aumentar as vendas de HPPC no país , uma vez que essas consumidoras perceberam a importância de cuidarem da aparência para reconhecimento e melhoria da carreira profissional. Outro fator que vem buscando fortalecer o mercado é a grande participação das empresas de vendas diretas com produtos de valor agregado mais alto e o desejo de compra das consumidoras pela qualidade e benefícios, o que vem abrindo oportunidades para o varejo.
Na Colômbia o destaque de tendência e oportunidades está no mercado masculino que tem muito a crescer, o potencial desse setor é grande mas está precisando de inovações e lançamentos. O desafio neste segmento da população é aumentar a frequência de uso e a recompra dos produtos. E para isso o desenvolvimento de produtos multifuncionais e produtos para barba são ótimas oportunidades. A ampliação dos canais de vendas para este público também é necessária, facilitando acesso à compra como: lojas de conveniência, ilhas em shopping, vendas pela internet etc…
No México a expansão da classe média impulsiona o crescimento de produtos de preço médio. O público masculino torna-se alvo em produtos HPPC.
O aumento da urbanização e da presença das mulheres no trabalho fora de casa apresentam impactos importantes sobre os hábitos de consumo de produtos de beleza e cuidados pessoais.
Esse aumento das mulheres no mercado de trabalho continuará a impulsionar o crescimento de produtos masculinos uma vez que os homens mexicanos afirmam que estão cada vez mais preocupados com a aparência, dado o aumento da competição e na busca por empregos e promoções.
Canais de Vendas
No Brasil se compararmos 2008 e 2012 , o canal de Franquias e o Varejo Tradicional apresentaram crescimento de 3,4 e 2,0 pontos percentuais, respectivamente; enquanto que a venda direta e o atacado caíram.
Outro dado a considerar é a variação de canais de venda (multicanais) como importante aliado para o crescimento do setor. Embora represente 3% das vendas no mundo, o comércio eletrônico de cosméticos tende a crescer gradativamente.
As vendas no Brasil em 2012 foram de 34,2% varejo tradicional, 29,6% atacado tradicional, 8,3% franquia e 27,9% vendas diretas.
Já no Chile as vendas em 2012 foram divididas em 35,2% varejo tradicional, 43,3% varejo especializado/franquia, 21,2% vendas diretas, e 0,3% salões de beleza.
Em relação aos canais de vendas no Chile o varejo especializado/franquias teve maior participação em 2012, e as vendas diretas cresceram 18% comparando 2008 a 2012.
Na Colômbia as vendas em 2012 foram de 49,8% no varejo tradicional, 16,1% varejo especializado/franquia, 33,9% vendas diretas , e 0,2% salões de beleza.
Comparando-se 2012 com 2008 o canal vendas diretas é o que apresentou maior crescimento: 4,4 pontos percentuais, enquanto que o varejo tradicional, principal canal, perdeu 3,0 pontos percentuais em igual período.
Já no México os canais de vendas são bastante definidos e estáveis, tanto que se compararmos dados de 2008 com 2012 a participação do canais de vendas são muito similares, sem grandes variações.
As vendas no México em 2012 eram divididas em 57,8% varejo tradicional, 17,7% varejo especializado, e 24,5% vendas diretas .
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