Coco Chanel foi um verdadeiro marco na história da moda, cosméticos, fragrâncias e estilo. Uma de suas frases mais famosas é “O luxo é uma necessidade que começa quando a necessidade termina” e não há melhor definição. Os cosméticos de luxo sãoum tema excitante e para entender as tendências atuais da categoria, é preciso investigar a psicologia do consumo: por que gostamos de comprar produtos de luxo? Não são algo que precisamos para sobreviver, mas nos ajudam a mostrar quem somos… O luxo é um padrão de consumo que não desaparece, mas com o passar do tempo, nossa percepção do que é um produto de luxo pode mudar. Por exemplo, o luxo já foi associado quase que exclusivamente a bens materiais. Hoje é mais comum consumirmos experiências marcantes e únicas.
Mas o que torna um artigo exclusivo? Existem muitos fatores que afetam e todos eles têm um elemento em comum: a escassez. Um cosmético pode se tornar valioso devido ao seu alto custo de aquisição, sua tecnologia, design, benefícios, ou mesmo a experiência produzida por seu uso ou por seu nível de personalização. De acordo com a Bain & Company, o mercado de luxo atualmente cresce 5% ao ano, atingindo o valor de 260.000 milhões de euros para venda em 2018 e com uma projeção de 276.000 milhões de euros para 2019 Portanto, é preciso estar atento a tendências. Vamos ver algumas delas:
Minimalist prestige: Tom Ford, em uma entrevista recente, disse que nunca conseguiu encontrar produtos de tratamento facial que atendessem seus padrões e por isso anunciou o lançamento da Tom Ford Research, uma linha de skin care de ultra luxo desenvolvida para todos os tipos de pele e gêneros. Sua composição: cacau de porcelana branca (uma classe exótica de cacau), cafeína e gyokuro (uma variedade especial de chá rico em antioxidantes), em uma linha que tem apenas duas formulações, creme e sérum. O conceito é muito interessante porque se concentra em um minimalismo de alto desempenho, totalmente universal e sem gênero.
From fine fragrances to skin care: Os conceitos de luxo também começam a se relacionar com sustentabilidade e causas ecológicas. Por este motivo, este ano tivemos alguns exemplos de ações relativas ao meio ambiente, como os os produtores de ativos para tratamentos faciais estão aproveitando os resíduos de fragrâncias para desenvolver novas tecnologias com benefícios antienvelhecimento.
Premiumisation: Esse é o processo pelo qual marcas e produtos são criados com foco em atrair o consumidor por meio da ênfase em sua exclusividade. Esta é uma tendência em expansão na América Latina. A Euromonitor publicou recentemente um estudo na região onde indica que algumas categorias de cosméticos alcançaram crescimento acima da média global no período 2016-2017 e que aproximadamente 50% dos consumidores estão dispostos a pagar mais por produtos premium. Esta tendência deve-se ao fato de a classe média e a população sênior estarem crescendo de forma constante na maioria dos países.
Millenial luxe: Os Millenials estão revolucionando o conceito de luxo. Os jovens demandam um consumo consciente das causas ambientais, mais ético e responsável . Os valores da sociedade mudam e as marcas de cosméticos devem se adaptar. A geração também está ansiosa por experiências e é por isso que o tempo, a saúde e a qualidade de vida compõem o novo luxo. Eles colocam viagens e novas experiências antes do consumo tradicional. Então os novos critérios de compra incluem o cuidado com o meio ambiente, condições de trabalho humanas e respeito aos animais.
Virtual goods: O mercado de bens virtuais está gerando cada vez mais interesse e representa uma grande oportunidade para marcas de luxo, as quais vêm se aventurando no desenvolvimento de produtos virtuais.
Flagship stores: Modelo de lojas baseado na experiência do cliente, luxo e personalização. A nova tendência para a venda de produtos e serviços envolve agora os cinco sentidos, instinto e sensações. Nas principais cidades da América Latina, as marcas estrangeiras e locais estão investindo milhões de dólares para inovar nesse conceito. O mercado de luxo adora as flagship, porque permite oferecer novas experiências ao consumidor, que é exatamente o que eles procuram.Em uma flagship de calçados masculinos de luxo em Bogotá, por exemplo, é possível viver uma experiência única, já que o cliente, ao chegar, pode tomar um uísque, conhecer a marca, participar de um workshop e pintar os próprios sapatos que pretende comprar. As estatísticas indicam que os clientes são mais fiéis a esse conceito de loja. Nelas, a equipe é treinada e qualificada para interagir com o cliente, que pode ficar na loja entre 30 e 45 minutos, mais do dobro do tempo que costumam passar em uma loja normal.
Z-Luxe: A geração Z (de 16 a 22 anos) está aparecendo no radar do mercado de luxo, já que é uma população que está entrando no mercado de trabalho. Projeções indicam que, em 2025, a geração do milênio e a geração Z serão responsáveis por 45% do mercado de produtos de luxo e 130% de seu crescimento. Mas embora as marcas tenham grandes oportunidades, elas também precisam enfrentar desafios, pois esse público vive e gasta de maneira radicalmente diferente das gerações anteriores.
Luxemalism… Como Coco Chanel disse: “As melhores coisas desta vida são gratuitas. As segundas melhores coisas são muito caras”. Estamos diante das novas tendências de luxo intenso, sustentável, experiencial e responsável. Um desafio para a inovação em cosméticos.
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