Profissionais das áreas de P&D e formulação de cosméticos estão alertas para as oportunidades do skinification. O movimento é a utilização de ativos e rotinas conhecidos na área de skin care, como o colágeno e a vitamina C, por exemplo, em formulações e cuidados com os cabelos.
Isso não significa, entretanto, o uso dos mesmos produtos para ações diferentes. É sobre tecnologia para criar novas funcionalidades e protocolos com foco em couro cabeludo, o que traz boas possibilidades e perspectivas, tanto para desenvolvedores quanto para fornecedores de ingredientes.
O in-cosmetics Connect conversou com Dimitri Ribeiro, sócio da MeuQ, beauty tech de cuidados capilares personalizados, empresa que também faz parte do Conselho Consultivo da in-cosmetics Latin América. Sobre esse cenário, o executivo diz que “o mercado nacional tem demandado cada vez mais as tendências globais. O skinification é um grande aliado para a saúde dos fios e do couro cabeludo e entendemos que existe um gap para esse tipo de solução”.
Na área de matérias-primas, o skinification abre boas frentes. “Existem milhares de ativos do universo de skin care que podem ser trabalhados nesse sentido”, completa Ribeiro. Entre alguns exemplos, ele cita:
- Ácido Hialurônico (Ativo): comum nos produtos de cuidados com a pele, apresenta alta performance por conseguir reter uma maior quantidade de água nos fios, deixando-os hidratados e com brilho e maciez.
- Matcha (Ativo): conhecido no consumo de bebidas e considerado um grande sucesso em cosméticos asiáticos, possui uma alta concentração de vitaminas e propriedades antioxidantes, trazendo excelentes resultados no fortalecimento dos folículos capilares, promovendo o crescimento dos fios de forma mais saudável.
- Esfoliantes (Produto / Ativo): Com a mesma base de princípios ativos, são mapeados para o couro cabeludo com ação antioxidante, que limpa e purifica o couro, ajudando a equilibrar o nível de sebo na região.
- D-pantenol (Ativo): Também conhecido como pantenol ou provitamina B5, está presente em nossa pele e cabelos, sendo essencial para saúde, cicatrização e maciez dos fios e epiderme. Hidrata, tem ação anti-inflamatória e deixa os cabelos sem frizz e sem pontas duplas.
O membro do Conselho Consultivo da in-cosmetics Latin America lembra, ainda, que a penetração dos produtos para skinification no mercado de consumo dependem, entre outras questões, de um movimento característico. “Para que os ativos tenham valor em hair care é preciso que sejam conhecidos primeiramente em skin care, ou seja, essa construção começa na própria categoria de cuidados com a pele. Caso contrário, será necessário muito investimento de comunicação para explicar sua funcionalidade e importância”.
Outro ponto importante, ainda segundo o especialista, é o uso da tecnologia para desenvolvimento dos produtos. A MeuQ, por exemplo, investe em inteligência artificial para, através das informações dos consumidores, indicar melhorias, validações e concentrações, o que permite testar e avaliar a performance das ativos, inclusive os de skin care.
“Por meio de um quiz, conseguimos gerar um diagnóstico capilar de cada cliente, mapeando o seu perfil, necessidades e estilo de vida. Após o uso do produto, nossa inteligência artificial cruza as informações com os feedbacks dessas pessoas, indicando para a equipe de P&D os caminhos a seguir”, finaliza Ribeiro.
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