Marcelo de Paula Corrêa – Instituto de recursos naturais da Universidade Federal de Itajubá
A exposição excessiva à radiação solar ultravioleta (UV-R) é responsável por vários distúrbios oculares como cataratas e pterígio, bem como distúrbios da pele, entre os quais queimaduras solares, envelhecimento precoce e câncer de pele não-melanoma (NMSC). Por outro lado, a exposição a este tipo de radiação pode oferecer benefícios. Síntese de vitamina D e prevenção de doenças como a osteoporose, diabetes tipo 1, alguns tipos de câncer e doenças auto-imunes também estão relacionados à exposição UV-R.
Em face dos efeitos antagônicos fornecidos pela exposição ao sol, uma das principais controvérsias está relacionada com o tempo necessário para que os efeitos benéficos ocorram sem danos à saúde. Isto é, para a síntese de uma quantidade significativa de vitamina D sem danos para a pele e olhos. O que geralmente acontece no Brasil e na América do Sul é que as recomendações são baseadas em estudos UV-R e leituras tomadas no hemisfério norte, principalmente nos EUA e na Europa. No entanto, a maior parte do território brasileiro está localizada em regiões tropicais e subtropicais do hemisfério sul do planeta, onde a intensidade de radiação solar é bastante elevada e as concentrações de ozônio são naturalmente menores. Além disso, a maioria dos brasileiros vive junto de áreas costeiras onde a humidade relativa e a temperatura do ar são elevadas na maior parte do ano.
Além dos efeitos UV-R, estudos recentes têm abordado a ligação entre a poluição atmosférica e distúrbios da pele. Ozônio, hidrocarbonetos aromáticos policíclicos e exposição de partículas estão relacionados com o envelhecimento prematuro, envelhecimento causado pela degradação do colagénio e da elastina e do stress oxidativo. Episódios de urticária, eczema e dermatite de contato também estão relacionados com exposição a esses poluentes. É assim importante salientar que 85% dos habitantes brasileiros vivem em áreas urbanas poluídas.
Nesta palestra, vou explicar a nossa recente pesquisa sobre UV-R e fotoproteção realizada no Brasil e na Europa. Os resultados que confirmam a importância de novas abordagens para abrandar os efeitos nocivos à saúde humana especialmente em países onde os níveis de UV-R e radiação solar são altos durante todo o ano.
Marcelo de Paula Corrêa falará sobre “Por que precisamos de uma diferente fotoproteção no Brasil e na América Latina?“, quarta-feira 19 de setembro de 15:00-15:30, no Teatro do Marketing Trends, in-cosmetics Latin America.
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